A HISTÓRIA DA ÁGUA EM MACAU - GETÚLIO MOURA
Em 1911, foram feitas duas tentativas para descobrir água potável no subsolo de Macau. Dois poços foram perfurados na praça Joaquim Honório [em frente ao mercado velho, atual CCAB] e abandonados por apresentarem água salgada; e um terceiro, em 1912, na antiga rua da Gameleira [atual rua Marechal Deodoro], também não apresentou bom resultado.
Do segundo poço, existia uma fotografia “[…] bem em frente ao mercado público…”, no arquivo de F.F. Araujo, um estudioso da primeira metade do século 20, que escreveu sobre o passado antigo de Macau. A fotografia não existe mais, mas aqui está um trecho do relatório do poço, que descreve bem o subsolo da cidade: “Começado os trabalhos, numa profundidade de 15 a 20 palmos, encontrou-se uma camada de areia de praia e búzio em quantidade, o que, aliás, se encontra sempre em todo perímetro da cidade, toda vez que se faz escavações em profundidade; logo em seguida, lama de maré que […] vinha de mistura pedacinhos de madeira, que se reconheceu ser de mangue canoé; continuando a perfuração foram encontradas camadas de terrenos vários até que, a uns 90 metros mais ou menos, deu água, mas um pouco salobra ]…]. Abandonado esse poço por falta de canos […], transferiram a perfuratriz para a rua vulgarmente chamada de Gameleira.”
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