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terça-feira, 18 de junho de 2013

EXCLUSIVO - MATERNIDADE JOSÉ VARELA "A CRISE" PARTE 2

 Em plena maturidade a Maternidade José Varela passa por uma séria crise existencial. Criada no dia 25 de dezembro de 1947 pelo então prefeito João Fernandes de Melo, são mais de 60 anos de historia. A sua sobrevivência está nas mãos do prefeito Kerginaldo Pinto. Durante muitos anos ela cumpriu a missão idealizada pelo seu fundador, desenvolvendo atividades em favor da maternidade, da infância e da vida. Agora está gravemente enferma e com os dias contados para fechar as portas. Na avaliação dos dirigentes, apenas a municipalização pode salvá-la do fim.
Numa época em que os recursos eram escassos a maternidade foi construída com verbas do tesouro municipal no bairro do Valadão. Contam que o prefeito João Melo acompanhava de perto cada tijolo colocado. Inteligente, com visão ampla do futuro, criou a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Macau (APAMI) envolvendo pessoas da comunidade. Sob a orientação do Ministério da Educação e Saúde, guarda como princípios “zelar pela saúde, bem estar e as necessidades da infância... Esse era o sonho de João Melo que a população macauense no final dos anos 40 recebeu como presente de Natal. Contando com diversos profissionais que se doaram ao longo dos anos, a Maternidade José Varela tem muita história bonita para contar. Muitas vidas chegaram ao mundo graças ao esforço coletivo de médicos, parteiras, enfermeiras, auxiliares, bioquímicos, vigilantes, que levaram adiante a missão traçada por João Melo. Tornou-se referência em toda a região sendo reconhecida até pelo UNICEF pela boa qualidade do atendimento. Atravessou bons e maus momentos, sempre dependendo das verbas públicas e esta não é a primeira crise que a atinge. Superou muitas dificuldades. Em 1982 quase foi leiloada. No dia 16 de julho de 1982, o médico José Antonio Menezes, filho de Macau, ainda bem jovem assumiu a presidência da APAMI e conduz até hoje os destinos da Maternidade.
Atualmente a Maternidade, com 30 leitos, sobrevive com poucos recursos do SUS e um pequeno repasse da Prefeitura de Macau, que somados não chegam a 40 mil reais. A estrutura antiga está comprometida e condenada pela vigilância sanitária que exige adequações. Os vinte e dois funcionários ainda não viram a cor do salário este ano. Teve tempo em que a CAERN determinou o corte do fornecimento de água, o débito ultrapassava 6 mil reais. Não há mais onde buscar recursos, pois o governo do Estado até aqui não demonstrou interesse em colaborar. Texto: Wallacy Atlas




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