Nas salinas, os
operários executavam todo o serviço anualmente desde a colheita, ate o embarque
nas barcaças.O processo de obtenção do sal, nessas salinas se dá quando
inicialmente a água do mar é represada e impulsionada por moinhos de
vento, vai sendo transferida de um tanque para outro - os cristalizadores
( esses tanques são popularmente conhecidos como "baldes"). Aquecida
pelo sol a água vai mudando de cor, fica densa, uma grande espuma se forma, até
ser evaporada, restando o sal. Em seguida, com o auxílio de uma espécie de
picareta chamada "chibanca", os trabalhadores começam a picar o sal
dos baldes. Para esse tipo de trabalho são necessários 10 homens trabalhando 3
semanas para extrair o sal de um único balde.
Quando se inicia a
colheita nos cristalizadores o sal é recolhidos de balaios, e levados para o
aterro, onde era depositado, formando-se pirâmides. Posteriormente, adotou-se o
uso de carrinho de mão em vez do balaio, que diminuiu um pouco o sofrimento desses
trabalhadores.O embarque do sal nas barcaças, muitas vezes era feito à noite. O
caminho do aterro até a barcaça, era então, iluminado por "piracas",
umas lamparinas de maior dimensão. Visto de longe, esse trabalho era um
verdadeiro espetáculo noturno.