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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

SESSÃO ESPECIAL "A ESCOLA DUQUE DE CAXIAS" NÃO PODE FECHAR

            Permitam-me ao iniciar este discurso nesta honrada tribuna desta Casa Legislativa, citando o saudoso poeta macauense Edinor Avelino que, nos diz: “A minha terra, calma e boa, trago-a nas cismas de saudade em que ando atento, contemplando-a com os olhos cheios d’água, nos grandes voos do meu pensamento...”
            Esta terra calma e boa, também passa por desafios, desafios este que, nos levam a cada dia refletir sobre a sua importância bem como a sua história. Pensando nisso que, nossos antepassados macauense plantaram uma semente para dar um futuro digno aos seus filhos e as suas filhas, pois não existe nenhum tesouro mais importante, como brilho esplendoroso do que, um pai ou uma mãe de família “educar a sua prole”. E Macau, no dia 15 de setembro de 1917, recebeu com grande alegria a noticia da construção de um grupo escolar, como noticiou o Jornal de Macau naquele dia.
            Toda e qualquer iniciativa parte de um sonho ou pensamento, este que se concretizou no dia 26 de fevereiro de 1923, pelo Decreto n° 198, que oficializava o Grupo Escolar Duque de Caxias, que foi inaugurado solenemente em 02 de maio daquele mesmo ano. Por longos 90 anos, nesta quase centenária escola, gerações e gerações de macauenses cresceram. E mesmo que não admitam, estudar no Duque de Caxias ainda é motivo de orgulho, pois por lá passaram e hoje estão formados juízes, promotores, médicos, enfermeiros (as), professores, garis, asg’s, cozinheiras, merendeiras, vereadores e vereadoras, enfim todas as classes sociais passaram pelo Duque de Caxias.
            E este olhar atento do verso do saudoso poeta ora citado no início, é o que nos faz vir aqui perante esta casa, de onde emana a vontade do povo, da qual os senhores e as senhoras tem o dever de zelar pelo bem maior da nossa cidade, contemplamos muitos momentos de dificuldades nas etapas de formação da aprendizagem dos filhos e filhas de Macau que, hoje frequentam nossas salas de aulas e andam pelos nossos corredores, com saudade daqueles que passaram por aquele Casarão na época do Grupo Escolar e também dos que frequentavam o atual prédio.
            Temos um desafio em nossas mãos, diante da assustadora notícia do seu provável fechamento. Não permitamos que os nossos olhos se encham de lágrimas, não das lágrimas do saudosismo, mas essa será a lágrima da dor, de uma perca irreparável, não só para cada um de nós aqui, mas para toda uma Macau, que acreditam e tem fé em seu futuro.
            A Escola Estadual Duque de Caxias, não é só de Macau, mas também, de toda esta região salineira, pois se pesquisarmos em nossos arquivos, veremos que os filhos e filhas ilustres dos municípios vizinhos também estudaram em nossa escola: Guamaré, Pendências, Alto do Rodrigues. Pois essas cidades, até o final da década de 50 e início da década de 60 do século passado, faziam parte do nosso município.
            Não é fechando uma escola que se resolve a reestruturação de setores públicos abandonados pelo atual Governo do Estado. Pois, se querem um lugar para colocar a sede da 6ª DIRED ou da Central do Cidadão, que esta não seja planejada querendo fechar uma escola, quer seja, o Duque de Caxias ou Donana Avelino ou qualquer outra instituição de ensino, fechar o Duque de Caxias é mutilar a sociedade macauense.
Que a futura geração macauense, não fique marcada, como ficou a dos nossos avós, pais e demais familiares com a demolição do Casarão que era símbolo da alegria e do orgulho dos macauense no início da década de 70, quando da derrubada do Grupo Escolar Duque de Caxias, que até hoje não existem justificativas para tal.
            Citamos também que em Macau existem vários prédios públicos abandonados que podem servir para o fim desejado do governo, citamos, por exemplo, a Casa da Cultura, que pode por Decreto Administrativo da senhora governadora, passar da responsabilidade da Fundação José Augusto, para Secretaria de Educação (usá-la para a Dired) ou para Secretaria de Justiça (Central do Cidadão), bem como o prédio do CIAM, na Rua Frei Miguelinho. Ao contrário do que se diz a escola não está com número baixo de matrículas, haja vista no inicio do ano letivo tínhamos 165 matrículas e hoje contamos mais de 200 educandos e educandas em nossa instituição de ensino, contamos com duas salas de aulas climatizadas (ao qual somos pioneiros) e a sala de vídeo, além de uma biblioteca e laboratório de informática.
            Diante destas reflexões vimos nesta noite, solicitar que se unam em prol do bem comum, não permitindo que ato do provável fechamento da Escola Estadual Duque de Caxias, passe para o papel, lutem pelo bem do povo, ora representado nesta honrada Câmara Municipal, por vossas excelências, ao mesmo tempo em que pela história, pela tradição, por sua função social e pelos serviços prestados a sociedade macauense, que a Escola Estadual Duque de Caxias, prestes há completar 100 anos seja considerada por um projeto de Lei “Patrimônio da Cidade de Macau”,para que o fantasma do fechamento não venha a nos assolar, e como dissemos fechar o Duque de Caxias é mutilar a sociedade macauense, e assim a escola continue contribuindo para educação e formação dos cidadãos macauense.
Encerro as minhas palavras citando os filósofos Pitágoras e Aristóteles, que nos diz: “Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos” e “A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces”.
Muito Obrigado. Boa noite! Professor George 





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